MARQUESA DE SANTOS - A BRASILEIRA QUE DOMINAVA O IMPERADOR PEDRO I


Colar com 14 ametistas e camafeu de concha em ouro amarelo
Nosso imperador presentou sua amante D. Domitila de Castro Canto e Melo com um colar com a sua efígie.








Domitila de Castro do Canto e Melo primeira e única viscondessa com grandeza e marquesa de Santos, 1797 — São Paulo, 1867) foi uma nobre brasileira, célebre amante de Dom Pedro I, imperador do Brasil, que lhe conferiu o título nobiliárquico de marquesa em 12 de outubro de 1826.Consta de livros de história do Brasil a descrição: "Pedro I ficou perdidamente apaixonado pelos seus encantos, pois era uma linda luso-brasileira 'sensual de seios fartos e quadris volumosos, chamada carinhosamente pelo imperador do Brasil de 'Titila, a bela…'"[carece de fontes?].
O amor ardente do casal, descrito em obras diversas do Brasil, abalou profundamente o prestígio de D. Pedro I na corte e as interferências políticas de Domitila prejudicaram seu governo. A história do Primeiro Reinado mostra que, graças a gestos impulsivos, demitiu e perseguiu vários ministros, tomou decisões temerárias, cometeu erros difíceis de perdoar.
Em junho de 1829, quando estava já acertado o casamento de D. Pedro I com princesa de Leuchtenberg, Amélia de Beauharnais, o embaixador da Áustria no Rio de Janeiro, Marechal, escreveu a Viena: "O Imperador D. Pedro acabou por se convencer de que a presença da Senhora de Santos seria sempre inoportuna e que uma simples mudança de residência não satisfaria ninguém; ele insistiu na venda de suas propriedades, o que segundo soube já foi providenciado e na sua partida para São Paulo em oito ou dez dias". O Imperador acabou comprando os prédios de São Cristóvão por 240 contos (240 apólices da Divida Pública (da Caixa d Amortização) de 1 conto de réis), devolvendo a Domitila "em bilhetes de São Paulo" 14 contos de réis, dois contos pelo camarote com que a tinha presenteado, mesada de um conto de réis por mês posto à sua ordem, "ao par ou em bilhetes". Falando do palacete, diz Mareschal: "Servirá à jovem Rainha e sua corte". Tratava-se de D. Maria da Glória, futura rainha D. Maria II de Portugal. Por isso ficaria depois conhecido como Palacete da Rainha, já que efetivamente D. Maria da Glória ali se instalou, embora por curto período.
Em sua velhice, a Marquesa de Santos tornou-se uma senhora devota e caridosa, procurando socorrer os desamparados, protegendo os miseráveis e famintos, cuidando de doentes e de estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no centro da cidade de São Paulo.
A casa da Marquesa tornou-se o centro da sociedade paulistana, animada com bailes de máscaras e saraus literários.
A marquesa de Santos (cidade onde nunca residiu) faleceu de enterocolite no seu palacete na rua do Carmo, atual Roberto Simonsen, próximo ao Pátio do Colégio, em 3 de novembro de 1867 (144 anos), sendo sepultada no Cemitério da Consolação.
Sua sepultura no cemitério da Consolação foi recuperada no início da década de oitenta pelo sanfoneiro Mario Zan. Zan, um dos mais famosos devotos de Domitila, cuidou do jazigo durante anos e foi sepultado em um túmulo diante do da marquesa[4].
O túmulo de Domitila recebe sempre flores frescas de pessoas que continuam a considerá-la uma santa popular. Entre as lendas está que ela protege as prostitutas da cidade e, devido a ter conseguido um bom casamento e reestruturar dignamente a sua vida após o relacionamento com Pedro I, passou a ser uma inspiração às moças que querem se casar com um bom partido. Na sua lápide existe uma placa agradecendo uma graça alcançada.

Solar da Marquesa de Santos
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136-A – Centro. Tel. 11 3105-6118
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento:
terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita - Ambiente acessível
www.museudacidade.sp.gov.br

Exposição: A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar
Abertura: 19 de novembro, 11h
(exposição permanente / longa duração – 2 anos)  


Fragmento do Romance da Marquesa de Santos
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/paulosetubal/amarquesadesantos.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário